Não tenho por hábito correr a uma livraria para comprar um best seller - já fui enganado mais que uma vez: há livros que se vendem aos milhões e não se percebe muito bem porquê... -, mas por influência de alguns amigos lá fui à pressa comprar o Sapiens - História Breve da Humanidade.
Apesar das mais de 500 páginas, li-o em poucos dias, o que só por si revela que o autor sabe prender o leitor a um exercício possessivo que o empurra de página em página sem grande esforço (curiosamente foi esta a sensação que tive ao ler a Breve História de Quase Tudo, de Bill Bryson, um livro com uma forma narrativa muito semelhante).
Só uma dúvida, que não passa de curiosidade: as referências à cidade da Guarda, ao Benfica e ao Pêra Manca são o resultado de uma tradução com liberdade exemplificativa, ou constam mesmo do original? É que gosto tanto dos exemplos que nem sei se hei-de ir a correr comprar o Homo Deus - História Breve do Amanhã, do mesmo autor, ou se me fico por um copo de Pêra Manca (um sucedâneo, claro...) enquanto sofro com o Benfica e espreito o frio pela janela.