Sexta-feira, 21 de Dezembro de 2007

Partições

No Bitaites (16.12.2007)
(... dicas para um simplex do léxico informático!)
"Que vem a ser isto?
É mais um post a melgar a malta do Windows por causa do Ubuntu.
E esta foto vem a propósito de quê?
Embora o rabo da actriz e cantora Jennifer Lopez não seja Livre/Aberto, como poderia escrever o Paulo Trezentos, decidimos usá-lo com o único propósito de vos ajudar a perceber o que são partições. Depois de lerem este pequeno guia, os utilizadores de Windows já terão entendido a divisão de um disco rígido e poderão, assim, aventurar-se na instalação do Ubuntu.
Ubuntu rima com… Já estou a perceber a ideia.
Insinuações baratas! A escolha da distribuição Ubuntu nada tem a ver com rimas ou partes específicas da anatomia feminina. Para a malta do Windows é a melhor. Não só permite uma transição mais suave como tem uma boa curva de aprendizagem.
Ah! Falou em curvas! Percebo…
Mau. Vamos lá tentar ver o rabo da Jennifer como uma partição. Tenho um guia para escrever!
Porquê o rabo da Jennifer e não outro?
A maior parte das pessoas já têm discos SATA de grande capacidade (120 GB ou mais) pelo que considerámos que o rabo da Jennifer seria uma representação mais apropriada.
E porque não um rabo masculino? És machista?
Sim, minha querida, infelizmente sou. Um rabo masculino e peludo equivaleria a representar um disco rígido IDE todo manhoso e cheio de bad sectors. Queremos partir do princípio, para efeitos deste guia, que os discos se encontram em bom estado e prontos a serem usados.
Qual é a relação entre a Jennifer e as partições?
Se imaginarmos o rabo da Jennifer como um disco e as nádegas como partições, veremos que, neste exemplo, existem duas: uma partição primária (nádega direita) e uma estendida (nádega esquerda). Se, por hipótese absurda, pudéssemos dividir o rabo da Jennifer, estaríamos a criar mais nádegas, ou seja, partições.
Não percebo nada.
Imagina então que a Jennifer tem rabo, mas não tem nádegas. Vais criar a primeira nádega (ou seja, a partição primária) com um software tipo Partition Magic.
Porquê o Partition Magic?
Embora seja compreensível a tua vontade em criar as nádegas à mão, convém que o processo seja automatizado. Usa o software que quiseres. Até podes escolher o Gparted (Gnome Partition Editor), usado no Ubuntu.
Como queremos facilitar-te a vida, vamos imaginar uma situação em que o Linux só usa três partições: ‘/’ (partição de sistema, digamos assim) ‘/home’ (a tua partição, ou seja, onde guardas a tua colecção de fotos de nu artístico) e ‘/swap’ (memória virtual). A partição primária que acabaste de criar é onde colocas a partição ‘/’.
E agora?
Bem, por enquanto o rabo da nossa Jennifer só tem uma nádega, o que é contra-producente seja qual for a analogia. Teremos agora de criar a nádega estendida, ou seja, uma partição estendida que irá ocupar o resto do espaço em disco.
Já criei. E agora?
Bem, dentro dessa partição estendida podes criar as partições lógicas que quiseres. Neste caso, criamos duas: uma grande para a tua partição ‘/home’ e uma mais pequena (512 MB deve chegar) para a /swap. Nesta nossa analogia, a Jennifer recuperou as suas nádegas: uma principal, outra estendida. Mesmo que não gostes de Linux, tens de concordar que este é o melhor procedimento. Seria lamentável que a Jennifer ficasse só com uma nádega.

E se eu já tiver o Windows instalado?

Bem, se alguém estiver sentado num sofá de dois lugares e tu te quiseres sentar também, o mais provável é que lhe digas ‘Pá, chega-te para lá um bocadinho se faz favor’. O que deves fazer é o equivalente a isso, ou sejas, redimensionas a partição do Windows para dar espaço ao Ubuntu.
E como é eu que faço isso?
Empurras o gajo com força, pode ser que caia do sofá! Bem, agora a sério: supõe que tens uma partição onde instalaste o Windows, a ‘C’, e uma segunda, ‘D’, onde tens os teus backups. Redimensionas essa partição ‘C’ (primária) de forma a que tenhas espaço para criar uma segunda (também primária) – nesta crias uma partição do tipo ‘/’. Agora faltam as partições lógicas, ou seja, falta redimensionares a ‘D’ para dar espaço a mais duas para o Ubuntu: a ‘/home’ e a ‘/swap’.
E porquê uma partição diferente para ‘/home’?
Ao contrário do Windows, o Linux separa as coisas. Isto é, toda e qualquer acção que possas fazer enquanto mero utilizador não afectará o sistema como um todo. Para recuperar a nossa analogia, imagina que dás um apalpão a uma das nádegas da Jennifer/Linux sem o consentimento desta: ela não te permitará chegar à segunda e ainda te dá uma galheta pelo desrespeito. No caso da Jennifer/Windows, o mais provável é que que ela te ofereça a outra nádega ou pense que a tua intenção é apenas brincar às cócegas.
Então nesse caso prefiro a Jennifer/Windows!
Por favor, não me estragues o post com piadinhas parvas, tá bem?
E essa cena do Grub, o que é?
O Grub é um gestor de boot, ou seja, um software capaz de iniciar o processo de carregamento de vários sistemas operativos num único computador.
E esse Grub é instalado onde?
Bem, deves instalá-lo na Master Boot Record (MBR).
MBR? Na analogia do rabo da Jennifer, onde é que isso fica?
Bem, equivale ao rego. Mas deixemos essas analogias antes que me expulsem da blogosfera por indecência! O MBR instala-se no primeiro sector do disco e contém um ‘mapa’ com indicações sobre a estrutura organizacional desse mesmo disco (partições, código de arranque do sistema operativo e assinatura desse código).
Tencionas actualizar este guia para quem tenha sistemas RAID?
Talvez. Isso implicaria duplicar o rabo da Jennifer, o que é uma ideia interessante. Por outro lado, atendendo a que existem vários tipos de RAID, ou seja, vários tipos de duplicações e combinações, poderíamos considerar a montagem de um sistema Jennifer Lopez/Scarlett Johansson. Boa ideia, pá!"
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publicado por Fernando Delgado às 23:48
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