Parece que vem aí um camião de dinheiro. Se a matrícula do dito é FEEF ou FMI (ou as duas coisas), é-me um pouco indiferente.
Infelizmente esse camião não terá nenhum atrelado de bens imateriais – capacidade política, ideias, princípios, ética, etc. -, muito simplesmente porque na origem, no mercado de origem, tal como por cá, estes bens não abundam. A Europa é hoje governada (nem me atrevo a escrever liderada…) por dirigentes mornos, cinzentões, sem chama, que se movem num confrangedor deserto de ideias e, por isso mesmo, quase sempre agem sem princípios e sem ética.
Há momentos assim na história, uma espécie de buracos negros na evolução das civilizações. Nada de novo, portanto, e com a boa notícia de que normalmente se segue um novo mundo. Bem sei que o tempo histórico não é compatível com a minha angústia, mas é estranho que não se vislumbre qualquer indício desse novo mundo, nem se perceba quem poderá dar origem a esse salto qualitativo.
Neste entretanto, o que verdadeiramente me incomoda é que o destino desse camião seja este país, tão pequenino, tão meu. Não é por violarem a minha propriedade, é por, no fundo, me chamarem inútil !